Desconto, dívida ou golpe? O que você precisa saber antes de comprar na Black Friday

Com endividamento em alta e aumento dos golpes digitais, especialistas alertam: na Black Friday, o maior risco não está no preço, mas na falta de atenção
A Black Friday está se aproximando e, junto com ela, as vitrines e telas repletas de promoções tentadoras. Embora o evento seja uma boa oportunidade para economizar, ele também se tornou um dos períodos mais críticos para o endividamento e para golpes virtuais. Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), mais de 79% das famílias brasileiras estão endividadas em 2025, um sinal de que, para muitos, as compras por impulso ainda pesam mais do que o planejamento. Para André Bobek, fundador da Mhydas Planejamento Financeiro, o segredo para aproveitar a data sem comprometer o orçamento está no equilíbrio entre o desejo de consumir e a consciência financeira. “A Black Friday pode ser positiva quando usada com propósito. O problema é quando a emoção fala mais alto do que a razão. É nesse momento que surgem as dívidas e arrependimentos”, explica. De acordo com o especialista, algumas atitudes simples ajudam a manter as finanças sob controle. O primeiro passo é fazer uma lista de prioridades e identificar o que realmente é necessário. Em seguida, é importante definir um limite de gastos e respeitá-lo, independentemente das ofertas. “O desconto não é vantagem se ele te leva a gastar mais do que você podia. Planejamento é o que separa a boa oportunidade da armadilha financeira”, afirma Bobek. Outro cuidado essencial é pesquisar o histórico de preços antes da compra. Muitas promoções são apenas ilusórias e não representam economia. Além disso, o especialista alerta para os perigos do parcelamento sem controle, que pode comprometer o orçamento dos meses seguintes. “O cartão de crédito é um ótimo aliado quando usado com consciência, mas é um risco quando usado como extensão da renda. Parcelar demais é transformar a Black Friday em um problema de dezembro, janeiro e fevereiro”, destaca. Bobek lembra ainda que a data pode ir além do consumo. “Aproveitar a Black Friday para adquirir cursos, livros ou ferramentas de trabalho é uma forma inteligente de transformar o gasto em investimento”, diz. Além do planejamento financeiro, é fundamental adotar cuidados com segurança tecnológica, já que as tentativas de fraude aumentam durante o período. O phishing, sites falsos que imitam grandes varejistas, segue sendo o golpe mais comum. “Os criminosos copiam o visual da loja e mudam apenas um detalhe no endereço, como uma letra trocada, um número ou um domínio estranho, tipo ‘.info’ ou ‘.shop’ aleatório”, explica Nilson Soares Ruas Junior, CTO do ANYMARKET. Outras armadilhas incluem mensagens e promoções falsas por WhatsApp, boletos e QR Codes adulterados, golpes de frete (em que o criminoso finge ser a transportadora) e marketplaces falsos em redes sociais, com perfis que se passam por grandes marcas, mas pedem pagamento via Pix para pessoa física. Segundo o especialista, a inteligência artificial e a engenharia social têm tornado esses ataques ainda mais sofisticados. “Hoje, os golpes têm cara de verdade. As mensagens são quase perfeitas, sem erros, com logotipos idênticos e até anúncios patrocinados. A IA ajuda a parecer legítimo; a engenharia social faz a vítima baixar a guarda”, destaca Nilson. Os criminosos usam dados vazados para personalizar contatos, citando nome, endereço e até compras anteriores, eles também utilizam deepfakes (áudios e vídeos falsos) e chats automáticos que simulam o atendimento real. “Os criminosos entendem o momento do consumidor. Na Black Friday, todo mundo está esperando um código de rastreio ou cupom de desconto. O golpe chega no timing certo, com o tom certo, e a pessoa não desconfia”, completa. Para se proteger, o consumidor deve manter atenção redobrada e desconfiar de qualquer oferta que pareça boa demais. O ideal é digitar o endereço do site manualmente ou buscá-lo no Google, evitando clicar em links recebidos por mensagem ou e-mail. Também é importante verificar se o site exibe o cadeado de segurança ao lado do endereço “embora isso não garanta honestidade, a ausência dele é um alerta imediato. Antes de efetuar uma compra, vale comparar o preço com outras lojas: se o desconto aparece apenas em um link isolado e o site oficial não menciona a promoção, há grandes chances de golpe”, alerta. Nilson também recomenda atenção na hora de pagar, pois a segurança aumenta com o uso de cartões virtuais temporários ou com limites reduzidos, que minimizam prejuízos em caso de vazamento. Já no caso de aplicativos de desconto e cupons, o ideal é baixá-los apenas de lojas oficiais, como App Store e Google Play, e negar permissões desnecessárias, especialmente aquelas que pedem acesso a dados sensíveis. Com a popularização do Pix e das carteiras digitais, o cuidado deve ser ainda maior. Antes de confirmar a transferência, é essencial verificar o nome ou razão social do recebedor. “Se o Pix for para pessoa física e a compra é de uma empresa, pare na hora”, orienta. Ele reforça também que transações fora das plataformas oficiais, como descontos em compras por redes sociais, oferecem risco elevado. “Regra simples: se sair do ambiente oficial, você perde a proteção”. Outro tipo de golpe que cresceu é o do falso atendimento bancário, em que o consumidor recebe mensagens dizendo que houve uma movimentação suspeita e é induzido a confirmar dados. “Os bancos nunca pedem senha, token ou código por WhatsApp”, reforça o especialista. Não são apenas os consumidores que correm risco. Durante o pico de acessos da Black Friday, empresas e e-commerces também se tornam alvo. Nilson recomenda medidas como autenticação em duas etapas no painel administrativo, monitoramento em tempo real de tentativas de login e verificação constante de domínios e perfis falsos. “Outro ponto essencial é a criptografia de informações e o cumprimento da LGPD, demonstrando que os dados do cliente são tratados com segurança e apenas pelo necessário”, finaliza o CTO do ANYMARKET. Sobre a Mhydas Planejamento Financeiro A Mhydas Planejamento Financeiro está entre as empresas que mais crescem no Paraná e no Brasil. Com mais de 50 consultores financeiros, a empresa tem escritórios físicos em Ponta Grossa, Londrina, Campinas com atuação a nível nacional. Fundada por André Bobek, consultor eleito melhor vendedor de seguro de vida no Brasil por dois anos consecutivos (2019, 2020), consultor financeiro TOP Global, eleito 11º melhor do mundo, recordista do “State Insurance Sales” e membro do Million Dollar Round Table (MDRT), a Mhydas atua na educação, planejamento e melhoria da qualidade de vida por meio de consultoria financeira e tem a patente do Consórcio Multi Versátil. Saiba mais em: https://mhydas.com.br/ Sobre a DB1 O Grupo DB1 é um conglomerado internacional de tecnologia com mais de 25 anos de experiência, oferecendo soluções completas de software, consultoria e inovação para empresas de diferentes setores. Com foco em qualidade, tecnologia avançada e metodologias ágeis, o Grupo DB1 ajuda organizações a otimizar processos, inovar em produtos e serviços, e expandir seus negócios de forma sustentável. A DB1 tem expertise em desenvolvimento de software, transformação digital e inteligência aplicada ao mercado.

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